És pastor?

És pastor?

Quantas montanhas subistes?

Quantos espinhos pisastes?

Quanta fome, calor e frio suportastes?

Quanto sangue, lágrimas e suor, derramastes por tuas ovelhas?

A qual redil as conduzistes?

Ao assumir o pastorado, tomastes sobre tí, o jugo de, mediante a tua total entrega, conduzir em segurança o rebanho a ti confiado a aguas tranquilas, a pastos verdejantes e ensina- las qual a real vereda da justiça?

Eu sou essa vereda, e de ti requererei as ovelhas a ti confiadas.

Eu sou o bom pastor, cuja vida foi doada em prol da ovelha perdida.

Eu sou o caminho, a verdade e a vida.

Eu sou o verbo, que se fez carne, para o qual o olhar de todo univêrso se volta.

És pastor?

Siga pois meus passos, doe- se, negue a tí mesmo, e torne- se rocha, e farol, a iluminar as noites tempestuosas, e guiar ao porto seguro, o perdido navegante!

És pastoŕ?

Chora pois as dores de tuas ovelhas, e não dês descanso aos teus olhos, enquanto não as tiver em segurânça ao pé de tí.

Então serás lúz na escuridão, alívio na dor, consolo no pranto e esperânça à todos , cujos ideáis buscam o infinito amor do Pai.

Se és pastor enfim, seja meu imitador, não em palavras, mas no testemunho de uma vida , na qual figure como um clamor alto e claro, o amor á Deus sobre todas as coisas, e ao próximo como a tí mesmo.

E darte- ei o galardão dos bem aventurados, o qual tenho preparado desde a fundação do mundo.

Irmão Carlos Marques.